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Sonhei que era ninfomaníaca – Kathy Acker

R$56,90

Sonhei que era ninfomaníaca, imaginando..
Autora: Kathy Acker
Tradução: Livia LO dos S Drummond
Formato: 14×21 cm
Páginas: 104
ISBN 978-65-88301-21-0

6 em estoque

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Descrição

Originalmente publicado em 1974, o livro é escrito em primeira pessoa. “Meu nome é Kathy Acker. A história começa comigo totalmente entediada”, logo declara a autora. E sua prosa é escrita no ritmo do pensamento, por isso convoca quem lê a embarcar em sua viagem vertiginosa. Conforme um sonho se repete também são parágrafos inteiros que reaparecem, em um exercício literário no qual conteúdo e forma são inseparáveis um do outro.

A cada capítulo, Acker já não é ela mesma, e as personagens nas quais se converte contam suas histórias de prazeres, vícios, delírios. Nesse sentido, mais do que produzir um discurso supostamente verdadeiro sobre sexualidades, o livro experimenta múltiplas possibilidades do corpo, do gênero e da linguagem.

E para quem espera uma escrita frenética sobre prazeres, o livro surpreende. Acker consegue articular sua experimentação a cenários muitas vezes compostos por instituições disciplinares — escolas, hospitais, prisões — que modulam os desejos e possibilidades de nossas vidas. Parece ser, pois, de suas amarras que a autora busca escapar.


“Kathy Acker foi o começo de tudo para mim”
Virginie Despentes

“…ela escreve narrativas feministas sexuais violentas, romances imaginativos de tortura amorosa…”
Allen Ginsberg

“A autora estadunidense Kathy Acker foi uma das escritoras mais influentes do século XX. Entre o início da década de 1970 e o final da década de 1990 escreveu numerosos romances, ensaios, poemas e novelas de tradição experimental e vanguardista. Como feminista pós-modernista, plagiadora e pós-punk, ela continua a inspirar gerações de escritores, filósofos e artistas”
Badischer Kunstverein

“Há uma estranha margem do mundo literário onde queers, punks, riot girls e vanguardistas encontraram motivos para continuar recorrendo a ela” McKenzie Wark


 

sobre a autora

Kathy Acker (1947/48-1997) nasceu em Nova York e aos 18 anos saiu de casa. Logo trabalhou como stripper, o que a aproximou da cena artística da cidade.

Sua escrita é tão difícil de classificar em qualquer gênero quanto ela mesma. Foi considerada a Patti Smith da literatura pós-punk, bem como a próxima Henry Miller. É lembrada também como expoente feminista da literatura experimental.

Com seus poemas, romances e peças, subverteu noções pré- concebidas de linguagem, identidade, sexualidade e corpo. Rapidamente se tornou referência na tradição literária radical e rebelde que emergiu na contracultura e continuou na cultura punk.

Além de Despentes, Kathleen Hanna, da banda Bikini Kill, atribui a Acker papel definitivo em seu percurso. A lista segue.

Considerada uma das escritoras que mais chocou e seduziu o mundo da literatura, teve sua vida e obra abordadas em livros de pessoas como Chris Kraus e McKenzie Wark e no documentário Who’s Afraid of Kathy Acker? (2007) de Barbara Caspar. A novela Crudo (2018) de Olivia Laing, também recorre a Acker, dessa vez adotada como uma personagem da trama. Foi também roteirista de filmes como Variety, de Bette Gordon, com participação de Nan Goldin e gravou discos com sua prosa convertida em música.

Precursora da teoria queer, ao longo de sua vida foi fotografada por Robert Mapplethorpe, fez leituras públicas com Allen Ginsberg e entrevistou as Spice Girls . Em uma busca incansável por destruir os sentidos, se dedicou, ainda, ao bodybuilding, forma de espelhar em seu próprio corpo aquilo que experimentava na escrita: pessoas decidindo como querem ser, aumentando seu leque de possibilidades. “Eu sou tão queer que sequer sou gay” declarava a autora.

Queer significa estranheza e em sua escrita performa essa declaração. Cortes, apropriações, transições, fluidez, são marcas de seus textos, nos quais ficção e realidade se confundem para criar um universo singular, composto por anarquistas, prostitutas, artistas, drogaditos, vagabundos, e inúmeras outras figuras com sexualidades polimorfas.

Com sua fúria de prazeres livres, derruba os significados da linguagem e do corpo. Em sua escrita, o gênero é fluido e personagens históricas masculinas enunciam a si mesmas como femininas, personagens femininas se travestem e criam um “ele”, enquanto outras seguem intercambiando gêneros. No começo dos anos 1970, sua prosa anunciava possibilidades de experimentação que depois apareceriam teorizadas nos primeiros trabalhos de Judith Butler.

Acker faleceu precocemente, em 1997, devido a um câncer de mama. A autora recusou tratamento e viveu o fim de sua vida em Tijuana, México.

.outros títulos
A vida infantil da Tarântula Negra, por Tarântula Negra

 

Informação adicional

Peso 0,2 kg
Dimensões 14 × 21 × 0,5 cm

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