Autodefesa: uma filosofia da violência – Elsa Dorlin

Da resistência dos escravos ao ju-jitsu das sufragistas, do levante do gueto de Varsóvia aos Panteras Negras e às patrulhas queer, Elsa Dorlin traça uma genealogia de autodefesa política. Sob a história oficial da autodefesa, emergem a “ética marcial de si”, práticas enterradas nas quais o fato de se defender atacando aparece como condição de possibilidade de sobrevivência e de futuro político. Esta história da violência lança luz sobre a própria definição da subjetividade moderna, como é pensada nas e pelas políticas de segurança contemporâneas, e envolve uma releitura crítica da filosofia política, onde Hobbes e Locke convivem com Frantz Fanon, Michel Foucault, Malcolm X, June Jordan ou Judith Butler.